Petróleo e Petroquímica

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

MOOC(*), uma revolução [quase silenciosa] em curso

Hoje há uma grande disponibilidade de cursos "on line" de diversas universidades
que podem ser muito úteis, tanto para suprir lacunas na formação pessoal, como
para ampliar os horizontes, para usar partes deles em complemento/atividades em
sala de aula ou extra-classe ou até mesmo para comparar com nossas metodologias
pessoais de ensino/aprendizagem.

Uma revolução silenciosa na educação, que irá transformar radicalmente o modo
como aprenderemos e ensinaremos, está em curso, e, não podemos ficar à margem
deste processo.

Eis os principais recursos por mim selecionados:

1) Cursos do MIT:
http://ocw.mit.edu/index.htm
Embora possam ser acessados hoje em portais [como o iTunes U, EDX e outros], uma
consulta ao portal específico deles, pioneiros nesta modalidade de
disponibilizar cursos de forma gratuita na internet, é altamente recomendável.

2) Plataforma EDX que começou com cursos online do MIT e Harvard e agora conta
com colaboração de outras Universidades de peso: https://www.edx.org/

3) Um recurso didático interessante em Engenharia Química são os chamados
"screencasts". Há muita coisa disponíveis gratuitamente no YouTube. O principal
canal é o do projeto LearnChemE (www.learncheme.com):
http://www.youtube.com/user/LearnChemE
Outros dois canais no YouTube são:
http://www.youtube.com/user/DrMorrisonMTU
http://www.youtube.com/user/EngineerClearly
Esses recursos são interessantes porque, muitas vezes, é muito desgastante
assistir a um vídeo com mais de 30 min de uma aula tradicional gravada.
Screencasts geralmente são curtíssimos (10 min ou menos) e abordam assuntos
específicos e de forma visual e bastante prática. Isso o torna muito prático
para tirar dúvidas pontuais.
Outras opções no mesmo estilo são o www.coursera.org e www.oudacity.com. O
último é mais focado em software/computaçāo.

4) Há no Brasil iniciativas promissoras:
   a) Projeto Veduca: legendagem de cursos em outras línguas [para quem não
domina o Inglês] e cursos de universidades locais: www.veduca.com.br/
   b) UnivespTV [Cursos da USP, UNICAMP, UNESP etc]: http://univesptv.cmais.com.br/

5) iTunes: http://www.apple.com/itunes/
o maior interesse seria no iTunes U [http://www.apple.com/education/itunes-u/],
porém não sei se ele está disponível no iTunes para Windows. Neste sentido,
dispor de um iPad, iPhone ou de um computador da Apple tem uma enorme vantagem
em relação às outras plataformas, pois os cursos disponíveis no iTunes U [U de
University] são padronizados e em geral de alto nível; o MIT, Stanford, Harvard,
maiores universidades européias, todas tem já um portal dentro do iTunes U que
agrega seus cursos disponíveis gratuitamente;

"As instituições de ensino superior devem passar, como diz o historiador Walter
Russell Mead, de um modelo de "tempo de estudo" para um modelo de "coisas
aprendidas". Porque cada vez mais o mundo não se importa com o que você sabe.
Tudo está no Google.
 
O mundo só se preocupa, e só pagará, pelo que você pode fazer com o que você
sabe. E, portanto, ele não pagará por uma nota C+ em química, só porque sua
universidade estadual considera isso uma nota de aprovação e se dispôs a lhe dar
um diploma que diz isso. Estamos caminhando para um mundo mais baseado em
competências, onde haverá menos interesse sobre a forma como você adquiriu esta
competência --num curso on-line, num período de quatro anos de faculdade, ou num
curso numa empresa-- e mais demanda para provar que você domina esta
competência.

Portanto, temos de ir além do atual sistema de informação e entrega --o
professoral "sábio no palco" e alunos tomando notas, seguidos por uma avaliação
superficial, em direção a um sistema em que os alunos são convidados e
empoderados para dominar mais material básico online em seu próprio ritmo, e a
sala de aula se torna um lugar onde a aplicação desse conhecimento pode ser
aperfeiçoada através de experimentos de laboratório e discussões com o
professor.

Pareceu haver um forte consenso de que este "modelo misto", que combina
palestras online com uma experiência em sala de aula liderada por um professor,
é o ideal. (...) Exigimos que os encanadores e os professores de jardim da
infância sejam certificados para fazer o que fazem, mas não há exigência para
que professores universitários saibam ensinar.

Não mais. O mundo da MOOCs(*) está criando uma concorrência que obrigará cada
professor a melhorar a sua pedagogia ou enfrentar um concorrente virtual.

O balanço: Ainda há um valor imenso na experiência residencial universitária e
nas interações professor-aluno e aluno-aluno que ela facilita. Mas, para
prosperar, as universidades terão de nutrir ainda mais essas experiências únicas
enquanto as mesclam com a tecnologia para melhorar os resultados do ensino de
formas mensuráveis, a custos mais baixos. Ainda precisamos de mais pesquisas
sobre o que funciona, mas ficar parado não é uma opção." Fonte:
http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/thomas-friedman/2013/03/08/a-vez-dos-cursos-online.htm

MOOC, uma revolução em curso:
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=85111
 
(*)MOOC significa "curso aberto pela internet para grandes massas" 
(em inglês, Massive Open Online Course)