Por Henrique José Brum da Costa, diretor presidente da ABEQ - Regional São Paulo
Desde que deixei os bancos do curso de Engenharia Química, já se vão nove anos. A universidade é uma sucessão de momentos inesquecíveis na vida da maioria das pessoas. Apesar disso, nossa estada por lá é, antes de qualquer coisa, para aprendamos os fundamentos e técnicas que mais tarde nos permitirão encarar o dia-a-dia da profissão. Os fundamentos que recebemos estão presentes e distribuídos desde disciplinas básicas, como química geral, física ou desenho técnico, até disciplinas avançadas, como Operações Unitárias, Cálculo de reatores ou projeto de processos. Mas será que todos estes fundamentos são úteis?
Toda a generalização tende ao erro, até porque o mundo da Engenharia Química é muito vasto. Mas uma coisa é fato, quando nos vemos diante de problemas reais e somos convocados a apontar um caminho para a solução, temos de nos valer destes fundamentos para podermos avaliá-los e entende-los.
Assuntos ou tópicos mal explicados ou ainda mal aprendidos no decorrer do curso, nesta hora, nos cobram um preço bem alto. Pois despendemos um tempo muito grande para entender “o básico” (e muitas vezes o óbvio) e assim podermos olhar além do problema, o chamado “olhar para fora da caixa”. Ao recordar um professor que dizia; “a maioria das coisas é simples e se ficar muito complicado, provavelmente erramos algo”, tem sua verdade no momento em que identificamos a falta de aderência entre o conhecimento que temos e o encaminhamento que demos ao problema.
Problema apenas dos novatos. Não, aflige também os veteranos. Portanto, reciclemos nossos fundamentos, não nos furtemos ao dever de retornar às nossas bases e reforçá-las. Pois assim, sempre poderemos pisar em solo firme em nossa jornada pela profissão.
Vídeo interessante do projeto de plantas químicas usando softwares 3D:
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